Scheila
Descrever
algo acerca dessa personalidade espiritual
constitui missão emocionante e espinhosa
ao mesmo tempo! Emocionante, em face
a empatia e ternura que esplende da
sua alma sensível e, espinhosa, pela
impossibilidade de retratar com alguma
riqueza a exuberância da sua obra,
seja na sua atual condição de Espírito
ou quando mergulhada na carne, no
círculo majestoso das vidas terrenas.
Em
romagem mais recente Scheilla experimentou
existência rápida, porém, virtuosa
na orgulhosa Alemanha. Scheilla viveu
na simplicidade e serviu aos enfermos
que a rodeavam. Como enfermeira cuidava
das feridas físicas e, como amiga
da caridade, tratava as chagas morais
e enxugava lágrimas dos vitimados
de si mesmos. O seu abnegado espírito
não se furtou a conviver nos ambientes
belicosos, ensinando a paz na guerra
e o amor espiritual na ação silenciosa,
apontando para os seus assistidos
o porto seguro da fé cristã.
Scheilla
desencarnou trabalhando em Hamburgo,
no ano de 1943, durante violento bombardeio
aéreo, quando heroicamente tentou
salvar uma criança. E desde esta época
ela faz ponte entre o céu e a terra
e nós, humanos, já nos habituamos
com a sua presença, que contabiliza
ensinamentos, emoções e, de quando
em vez, o substrato inesquecível do
perfume de uma rosa que ela bem representa.
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